Observo, especialmente em
jogos de menores, que muitas vezes as falhas que levam a equipe a perder a
posse de bola, não estão diretamente ligadas a falha de uma ação técnica, como
normalmente apontam os treinadores, pais e atletas. Quando se erra um passe, um
drible, um domínio, pode se imaginar que a receita para que se evite tal
equivoco, seja a prática dessas técnicas exaustivamente. No entanto, tenho uma
pré-disposição em acreditar que o problema é a falta de espaço em que os
jogadores estão. Nesse sentido tão necessário quanto ensinar a jogar com a
bola no pé é preciso ensinar a abrir espaços, para facilitar a tomada de
decisão e a entrada da bola em espaços vazios criados nas costas dos
marcadores. Jogar com os alas andando literalmente sobre as linhas laterais,
significa dar mais amplitude para construção das jogadas, digo até que o jogo
parece que fica mais limpo, mais leve. Além do que, tal amplitude dificulta
sobremaneira a equipe que está na marcação, há mais espaço com que se preocupar.
Do mesmo modo que desmarcar parece mais óbvio, ficando mais claro para onde ir,
ou para onde se pode ir, dando mais opção de passe para quem está com a bola.
Assistindo os jogos da Liga
Nacional Masculina é muito claro ver que as equipes, principalmente quando
estão na formação de suas ações de ataque de modo organizado, procuram jogar
com seus jogadores bem abertos, logo, talvez seja de bom tom, começar a ensinar
a aproveitar melhor o espaço de jogo, desde as categorias menores ou iniciantes.
Claramente que isso não
implica em jogar longe, tão somente. Por mais paradoxo que pareça, jogar longe facilita também
a aproximação, tanto na diagonal, quanto na paralela, fazendo assim aumentar a
ocorrência de tabelas que favorece a evolução da equipe com a posse de bola no
sentido vertical da quadra (profundidade). Mas esse pode ser assunto para outro
post.
Abraços e até a próxima.
Prof. Luciano Pizi
